Depois de uma folga bem extensa volto a postar, e nada melhor depois desse recesso do que trazer novas páginas da história de Vicente. Para os novos seguidores será um primeiro contato, para os que já o conheciam do blog antigo irão poder matar saudades desse personagem tão carismatico, espero que gostem e ...
Aproveitem a leitura!
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Vicente Cap. 07 - Café entre Irmãos
Ele olhou para o rapaz sentado próximo a janela panorâmica numa mesa para dois, olhando para o tampo da mesma. Miguel sacou o celular do bolso e releu a mensagem:
"Preciso falar com alguém, e agora só confio em ti".
Era um recado estranho vindo do seu irmão mais velho, mas não contestou, somente respondeu: "Ok, às 17h30min" e passou o endereço em seguida. Agora olhando para ele, via o quanto ele estava irreconhecível.
Se aproximou calmamente, seu irmão ainda olhava para o tampo, e disse: - Por favor, senhor - quando levantou os olhos encontrou o seu irmão caçula falando com ele, depois de uma breve pausa continuou: - Eu vim encontrar meu irmão, mas não o encontro. Ele é um cara bonito, sempre bem apresentável - e abriu um sorriso. Vicente retribuiu o sorriso, levantou e abraçou Miguel.
-Você esta horrível. - Disse Miguel
-Sente-se – Vicente respondeu e continuou. - É bom ver você também.
- Desculpe-me cavalheiro, estava um pouco sem saber se você era o meu irmão realmente.
Vicente trazia um semblante cansado, o rosto antes sempre bem barbeado, agora apresentava uma barba por fazer, os cabelos jogados no rosto, pálido.
-Você também não esta essas coisas.
Miguel abaixou os olhos para o celular em suas mãos, olhou rapidamente o display como se esperasse algo, Vicente observou-o, fez um aceno para um garçom que veio atendê-los, e ele rapidamente pediu dois cafés. E voltou-se para seu irmão:
- Fiquei sabendo que estava com problemas com a sua garota
Miguel olhou para o irmão e respondeu:
- Papai?
- Você sabe, ele é o olho que tudo vê... e o que ele não vê alguém conta.
Ambos deram um sorriso amarelo.
- O nome dela é Pollyana... - Vicente ficou encarando o caçula, os olhos brilhando, porém distantes, que respirou fundo antes de continuar. - Estudamos na mesma faculdade. - Miguel abriu a boca para continuar falando, quando de repente, olhou para o irmão e disse: - Viemos para falar de mim ?
- Calma irmãozinho. - Sorriu. - Só estava querendo saber como as coisas estavam, você parece preocupado e papai disse que tinha ocorrido alguns problemas.
- Sim, mas não quero falar disso. – Mais um suspiro e continuou - Eu vim aqui para te ajudar, não chorar as pitangas.
Um rapaz se aproximou da mesa, trazendo uma bandeja com as xicaras de café. Os dois automaticamente observaram enquanto o garçom os serviam e pararam de falar. O mesmo colocou as xícaras uma diante de cada um, e saiu. Vicente tomou um gole, olhou para seu irmão e disse:
- Obrigado por ter vindo tão rápido.
- Sem problema, você faria o mesmo por mim. - Tomou um gole da sua xícara antes de continuar. - Mas por que a urgência
- Eu a vi! – Disse sem demora enquanto observava seu irmão digerindo a informação.
- Como? Desculpa, não entendi Vi. -
- Eu a vi Miguel!
- Tu diz que a viu...tu esta falando DELA?! – Miguel questionou confuso.
Vicente apertou os lábios, e balançou a cabeça positivamente.
- Impossível Vi! – Miguel respondeu enquanto encostava no descanso da cadeira, Vicente não viu a miríades de emoções que passaram no rosto de seu irmão enquanto encarava a xicara de café a sua frente.
-Onde você a viu?! - Agora o tom de voz de Miguel mudará de incredulidade para um tom de sincera curiosidade.
Vicente o olhou nos olhos, os olhos castanhos penetrantes de Vicente agora quase que hipnotizavam seu irmão, o leve marejar clareava o castanho, e falou:
- Ontem de manhã. Eu fui até o nosso apartamento, olhar e pegar algumas coisas.
- Você estava sozinho?
- Na hora que cheguei sim, mas a Rosana disse que me encontraria lá.
- Ela a viu também?
- Não! - Respondeu imediatamente Vicente. Miguel abriu a boca para falar, mas antes disso Vicente falou: - Eu subi sozinho para o apartamento, entrei. – Respirou profundamente antes de continuar: - encontrei uma taça de vinho, e depois a vi no corredor ...
Miguel ouvia tudo em silencio, não deixando escapar nada. Seus olhos fixos no do irmão, que abaixou a cabeça e o olhou agora com os olhos mais marejados.
- Ela sumiu assim que a Rosana apareceu, quando a procurei encontrei a porta da cozinha aberta, a que leva a entrada de serviço.
-Meu Deus Vi!
Vicente ficou alguns segundos calado, olhando para sua xícara, olhou novamente para Miguel, uma lágrima correndo solitária pelo seu rosto, esculpido pela tristeza dos atuais acontecimentos, e respondeu:
- Eu só penso se era ela mesmo... Ou se estou ficando louco. – Procurando as palavras certas para se expressar - Eu não dormi. Eu tenho certeza que era ela.
-Eu não acho que você esta louco. Existem coisas que não podemos explicar Vi. – Miguel disse em sinal de apoio.
Vicente continuava apertando os lábios, segurando o choro, para não demonstrar ali na frente do seu irmão. Mas uma depois duas lágrimas voltaram a deslizar pelo seu rosto.
- Ela estava tão linda. Como sempre... encantadoramente linda!
Vicente colocou as mãos no rosto e não conseguiu suportar, tentava esconder o choro. Miguel se levantou abraçou forte o irmão por alguns momentos e o puxou para saírem de lá. E perguntou:
- Onde você deixou seu carro?
- Caminhei até aqui.
- Então vamos sair daqui, eu te levo para casa.
E caminharam abraçados.
Se aproximou calmamente, seu irmão ainda olhava para o tampo, e disse: - Por favor, senhor - quando levantou os olhos encontrou o seu irmão caçula falando com ele, depois de uma breve pausa continuou: - Eu vim encontrar meu irmão, mas não o encontro. Ele é um cara bonito, sempre bem apresentável - e abriu um sorriso. Vicente retribuiu o sorriso, levantou e abraçou Miguel.
-Você esta horrível. - Disse Miguel
-Sente-se – Vicente respondeu e continuou. - É bom ver você também.
- Desculpe-me cavalheiro, estava um pouco sem saber se você era o meu irmão realmente.
Vicente trazia um semblante cansado, o rosto antes sempre bem barbeado, agora apresentava uma barba por fazer, os cabelos jogados no rosto, pálido.
-Você também não esta essas coisas.
Miguel abaixou os olhos para o celular em suas mãos, olhou rapidamente o display como se esperasse algo, Vicente observou-o, fez um aceno para um garçom que veio atendê-los, e ele rapidamente pediu dois cafés. E voltou-se para seu irmão:
- Fiquei sabendo que estava com problemas com a sua garota
Miguel olhou para o irmão e respondeu:
- Papai?
- Você sabe, ele é o olho que tudo vê... e o que ele não vê alguém conta.
Ambos deram um sorriso amarelo.
- O nome dela é Pollyana... - Vicente ficou encarando o caçula, os olhos brilhando, porém distantes, que respirou fundo antes de continuar. - Estudamos na mesma faculdade. - Miguel abriu a boca para continuar falando, quando de repente, olhou para o irmão e disse: - Viemos para falar de mim ?
- Calma irmãozinho. - Sorriu. - Só estava querendo saber como as coisas estavam, você parece preocupado e papai disse que tinha ocorrido alguns problemas.
- Sim, mas não quero falar disso. – Mais um suspiro e continuou - Eu vim aqui para te ajudar, não chorar as pitangas.
Um rapaz se aproximou da mesa, trazendo uma bandeja com as xicaras de café. Os dois automaticamente observaram enquanto o garçom os serviam e pararam de falar. O mesmo colocou as xícaras uma diante de cada um, e saiu. Vicente tomou um gole, olhou para seu irmão e disse:
- Obrigado por ter vindo tão rápido.
- Sem problema, você faria o mesmo por mim. - Tomou um gole da sua xícara antes de continuar. - Mas por que a urgência
- Eu a vi! – Disse sem demora enquanto observava seu irmão digerindo a informação.
- Como? Desculpa, não entendi Vi. -
- Eu a vi Miguel!
- Tu diz que a viu...tu esta falando DELA?! – Miguel questionou confuso.
Vicente apertou os lábios, e balançou a cabeça positivamente.
- Impossível Vi! – Miguel respondeu enquanto encostava no descanso da cadeira, Vicente não viu a miríades de emoções que passaram no rosto de seu irmão enquanto encarava a xicara de café a sua frente.
-Onde você a viu?! - Agora o tom de voz de Miguel mudará de incredulidade para um tom de sincera curiosidade.
Vicente o olhou nos olhos, os olhos castanhos penetrantes de Vicente agora quase que hipnotizavam seu irmão, o leve marejar clareava o castanho, e falou:
- Ontem de manhã. Eu fui até o nosso apartamento, olhar e pegar algumas coisas.
- Você estava sozinho?
- Na hora que cheguei sim, mas a Rosana disse que me encontraria lá.
- Ela a viu também?
- Não! - Respondeu imediatamente Vicente. Miguel abriu a boca para falar, mas antes disso Vicente falou: - Eu subi sozinho para o apartamento, entrei. – Respirou profundamente antes de continuar: - encontrei uma taça de vinho, e depois a vi no corredor ...
Miguel ouvia tudo em silencio, não deixando escapar nada. Seus olhos fixos no do irmão, que abaixou a cabeça e o olhou agora com os olhos mais marejados.
- Ela sumiu assim que a Rosana apareceu, quando a procurei encontrei a porta da cozinha aberta, a que leva a entrada de serviço.
-Meu Deus Vi!
Vicente ficou alguns segundos calado, olhando para sua xícara, olhou novamente para Miguel, uma lágrima correndo solitária pelo seu rosto, esculpido pela tristeza dos atuais acontecimentos, e respondeu:
- Eu só penso se era ela mesmo... Ou se estou ficando louco. – Procurando as palavras certas para se expressar - Eu não dormi. Eu tenho certeza que era ela.
-Eu não acho que você esta louco. Existem coisas que não podemos explicar Vi. – Miguel disse em sinal de apoio.
Vicente continuava apertando os lábios, segurando o choro, para não demonstrar ali na frente do seu irmão. Mas uma depois duas lágrimas voltaram a deslizar pelo seu rosto.
- Ela estava tão linda. Como sempre... encantadoramente linda!
Vicente colocou as mãos no rosto e não conseguiu suportar, tentava esconder o choro. Miguel se levantou abraçou forte o irmão por alguns momentos e o puxou para saírem de lá. E perguntou:
- Onde você deixou seu carro?
- Caminhei até aqui.
- Então vamos sair daqui, eu te levo para casa.
E caminharam abraçados.
Anderson Rodrigues
^PAR^