quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vicente Cap. 07 - Café entre Irmãos

 Depois de uma folga bem extensa volto a postar, e nada melhor depois desse recesso do que trazer novas páginas da história de Vicente. Para os novos seguidores será um primeiro contato, para os que já o conheciam do blog antigo irão poder matar saudades desse personagem tão carismatico, espero que gostem e ...

Aproveitem a leitura!






  
Vicente Cap. 07 - Café entre Irmãos





Ele olhou para o rapaz sentado próximo a janela panorâmica numa mesa para dois, olhando para o tampo da mesma. Miguel sacou o celular do bolso e releu a mensagem:
 
"Preciso falar com alguém, e agora só confio em ti".
 
Era um recado estranho vindo do seu irmão mais velho, mas não contestou, somente respondeu: "Ok, às 17h30min" e passou o endereço em seguida. Agora olhando para ele, via o quanto ele estava irreconhecível.

Se aproximou calmamente, seu irmão ainda olhava para o tampo, e disse: - Por favor, senhor -  quando levantou os olhos encontrou o seu irmão caçula falando com ele, depois de uma breve pausa continuou: - Eu vim encontrar meu irmão, mas não o encontro. Ele é um cara bonito, sempre bem apresentável - e abriu um sorriso. Vicente retribuiu o sorriso, levantou e abraçou Miguel.

-Você esta horrível. - Disse Miguel

-Sente-se – Vicente respondeu e continuou. - É bom ver você também.

- Desculpe-me cavalheiro, estava um pouco sem saber se você era o meu irmão realmente.

Vicente trazia um semblante cansado, o rosto antes sempre bem barbeado, agora apresentava uma barba por fazer, os cabelos jogados no rosto, pálido.

-Você também não esta essas coisas.

Miguel abaixou os olhos para o celular em suas mãos, olhou rapidamente o display como se esperasse algo, Vicente observou-o, fez um aceno para um garçom que veio atendê-los, e ele rapidamente pediu dois cafés. E voltou-se para seu irmão:

- Fiquei sabendo que estava com problemas com a sua garota

Miguel olhou para o irmão e respondeu:

- Papai?

- Você sabe, ele é o olho que tudo vê... e o que ele não vê alguém conta.

Ambos deram um sorriso amarelo.

- O nome dela é Pollyana... - Vicente ficou encarando o caçula, os olhos brilhando, porém distantes, que respirou fundo antes de continuar. - Estudamos na mesma faculdade. - Miguel abriu a boca para continuar falando, quando de repente, olhou para o irmão e disse: - Viemos para falar de mim ?

- Calma irmãozinho. - Sorriu. - Só estava querendo saber como as coisas estavam, você parece preocupado e papai disse que tinha ocorrido alguns problemas.

- Sim, mas não quero falar disso. – Mais um suspiro e continuou - Eu vim aqui para te ajudar, não chorar as pitangas.

Um rapaz se aproximou da mesa, trazendo uma bandeja com as xicaras de café. Os dois automaticamente observaram enquanto o garçom os serviam e pararam de falar. O mesmo colocou as xícaras uma diante de cada um, e saiu. Vicente tomou um gole, olhou para seu irmão e disse:

- Obrigado por ter vindo tão rápido.

- Sem problema, você faria o mesmo por mim. - Tomou um gole da sua xícara antes de continuar. - Mas por que a urgência

- Eu a vi! – Disse sem demora enquanto observava seu irmão digerindo a informação.

- Como? Desculpa, não entendi Vi. -

- Eu a vi Miguel!

- Tu diz que a viu...tu esta falando DELA?! – Miguel questionou confuso.

Vicente apertou os lábios, e balançou a cabeça positivamente.

- Impossível Vi! – Miguel respondeu enquanto encostava no descanso da cadeira, Vicente não viu a miríades de emoções que passaram no rosto de seu irmão enquanto encarava a xicara de café a sua frente.

-Onde você a viu?! - Agora o tom de voz de Miguel mudará de incredulidade para um tom de sincera curiosidade.

Vicente o olhou nos olhos, os olhos castanhos penetrantes de Vicente agora quase que hipnotizavam seu irmão, o leve marejar clareava o castanho, e falou:

- Ontem de manhã. Eu fui até o nosso apartamento, olhar e pegar algumas coisas.

- Você estava sozinho?

- Na hora que cheguei sim, mas a Rosana disse que me encontraria lá.

- Ela a viu também?

- Não! - Respondeu imediatamente Vicente. Miguel abriu a boca para falar, mas antes disso Vicente falou: - Eu subi sozinho para o apartamento, entrei. – Respirou profundamente antes de continuar: - encontrei uma taça de vinho, e depois a vi no corredor ...

Miguel ouvia tudo em silencio, não deixando escapar nada. Seus olhos fixos no do irmão, que abaixou a cabeça e o olhou agora com os olhos mais marejados.

- Ela sumiu assim que a Rosana apareceu, quando a procurei encontrei a porta da cozinha aberta, a que leva a entrada de serviço.

-Meu Deus Vi!

Vicente ficou alguns segundos calado, olhando para sua xícara, olhou novamente para Miguel, uma lágrima correndo solitária pelo seu rosto, esculpido pela tristeza dos atuais acontecimentos, e respondeu:

- Eu só penso se era ela mesmo... Ou se estou ficando louco. – Procurando as palavras certas para se expressar - Eu não dormi. Eu tenho certeza que era ela.

-Eu não acho que você esta louco. Existem coisas que não podemos explicar Vi. – Miguel disse em sinal de apoio.

Vicente continuava apertando os lábios, segurando o choro, para não demonstrar ali na frente do seu irmão. Mas uma depois duas lágrimas voltaram a deslizar pelo seu rosto.

- Ela estava tão linda. Como sempre... encantadoramente linda!

Vicente colocou as mãos no rosto e não conseguiu suportar, tentava esconder o choro. Miguel se levantou abraçou forte o irmão por alguns momentos e o puxou para saírem de lá. E perguntou:

- Onde você deixou seu carro?

- Caminhei até aqui.

- Então vamos sair daqui, eu te levo para casa.

E caminharam abraçados.


 


Anderson Rodrigues


^PAR^


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Desde o Ventre

Bom Dia

Hoje como todo dia 07 é um dia que dedico a uma anjinha, que é só motivo de alegrias, e de muito orgulho, fez algo grandioso mesmo que as vezes não seja lembrado assim. Porém, só tenho a dizer que a amo. Mas hoje além dela homenagearei uma outra anjinha, que chamei de Flor, e sempre a chamarei. digo como as suas mães,simplesmente Amo-as

Boa Leitura







Desde o Ventre

Como podemos amar um ser
Que nunca vimos, tocamos,
Não estivemos nem no mesmo local.
Mas...sentimos,
Desde que tomamos conhecimento
Que cresce dentro do ventre
Amadas desde o primeiro momento,
que se tem conhecimento da sua existência.
As vezes petitica, chuta quando o padrinho
chama de madrugada,
a madrinha já a chama por assanhada.
Uma Flor
Outras vezes,
nasce heroína, salva vidas
mesmo que para tal
tenha que sacrificar seus poucos dias.
Mas mesmo assim é amada.
Anjinha de cabelos ralos
alma esplendorosa,
que toma e arrebata o coração
mesmo de quem não pode lhe ter nos braços.
Mas tente explicar o amor,
porque ela é minha pequena
e eterna Anjinha
Angel minha!



 




 Anderson Rodrigues



^PAR^

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nunca Desistirei

Bom Dia

Posso dizer simplesmente que quando você convive com a inspiração, nunca lhe falta palavras....









Nunca Desistirei



Queria ser mais forte
mas não sou
por isso, as vezes,
canso e penso em desistir.
Odeio esse sentimento!
Poderia falhar em qualquer situação,
com qualquer pessoa
mas não com você.
Tento, corro, me esforço
faço de tudo,
só não ouço quando voce diz:
"é impossível para nós".
Por vezes tu me chama de cabeça dura, teimoso
prefiro pensar que persistênte, que sei o que quero.
As vezes tens medo
do mal que pode me fazer,
mas tua ausência me debilita
me faz balançar, me tira o eixo.
Tua presença me faz mais forte,
me alegra, me faz querer mais.
Por que é Você
que eu quero
que me tras aquele sorriso bobo
que me faz acreditar no impossível
que carrega todos os meus, os Nossos Sonhos.
Por que Você
é meu coração perdido
o coração partido
metade no seu, outra metade no meu peito.
Por isso,de Ti
Nunca irei Desistir

 

Anderson Rodrigues

^PAR^